Não se assuste, o seriado americano "24 horas" não vai virar peça de teatro. Apenas fiz um trocadilho para chamar a atenção e falar sobre o DVD (a ser lançado no final do ano) de Os Sertões, baseado na obra de Euclides da Cunha e dividido em 5 peças pelo Teatro Oficina, de São Paulo.
As apresentações, transmitidas ao vivo pela internet, serão transformadas em DVD com aproximadamente 24 horas de duração. A idéia do projeto partiu do diretor do espetáculo, José Celso Martinez Corrêa que sempre quis filmar na íntegra os espetáculos e transmiti-los pela web.
"A revolução digital simplificou tudo. O custo das câmeras caiu e a qualidade subiu. E as possibilidades de vídeo na web aumentaram”, disse em entrevista ao Estadão. “Quero fazer isso sempre agora. Estamos plugando o teatro. É o ‘terreiro eletrônico’, onde as energias físicas e naturais do Oficina são amplificadas e transmitidas digitalmente para o mundo todo.”
Mas para que tudo saia como planejado, Martinez conta com a ajuda de cinco diretores, cada um dirige um "episódio".
Desses, três são cria do próprio Oficina: Tommy Prieta, para A Terra, Fernando Coimbra, O Homem I, e Marcelo Drummond, O Homem II.
De fora aparecem, Elaine César com A Luta I e Erick Rocha, A Luta II. Para dar conta das ações múltiplas que ocorrem no palco, foram necessárias 11 (às vezes 13) câmeras, e para o DVD tudo é editado com calma .
"É tudo feito às cegas”, explica o diretor da gravação de A Terra e montador para a web de O Homem II, Tommy Pietra. “São 11 câmeras e é preciso pensar muito rápido para escolher. Há falhas.”
A mesma adrenalina ocorre com o som. Ele é captado por 56 microfones espalhados pelo teatro. Num ônibus do lado de fora, o engenheiro de som Fernando Ferrari fica como um “louco” para selecionar o microfone mais próximo da cena.
“Fico aqui girando botões para encontrar o som que ‘bata’ com a imagem transmitida na web. Às vezes a imagem fica sem som, mas é normal. É como ficar seis horas procurando agulhas num palheiro", explica.
Sobre o DVD o diretor José Celso Martinez Corrêa diz:”Queremos chegar próximo ao cinema”, planeja. “Mas não vai ser teatro ou cinema. É uma experimentação, uma mistura, um ‘teatro-cinema'.
É aguardar pra ver se essa "mistura" será uma revolução na forma de se fazer dramaturgia no Brasil.
Abaixo Trecho de "O Homem I"
As apresentações, transmitidas ao vivo pela internet, serão transformadas em DVD com aproximadamente 24 horas de duração. A idéia do projeto partiu do diretor do espetáculo, José Celso Martinez Corrêa que sempre quis filmar na íntegra os espetáculos e transmiti-los pela web.
"A revolução digital simplificou tudo. O custo das câmeras caiu e a qualidade subiu. E as possibilidades de vídeo na web aumentaram”, disse em entrevista ao Estadão. “Quero fazer isso sempre agora. Estamos plugando o teatro. É o ‘terreiro eletrônico’, onde as energias físicas e naturais do Oficina são amplificadas e transmitidas digitalmente para o mundo todo.”
Mas para que tudo saia como planejado, Martinez conta com a ajuda de cinco diretores, cada um dirige um "episódio".
Desses, três são cria do próprio Oficina: Tommy Prieta, para A Terra, Fernando Coimbra, O Homem I, e Marcelo Drummond, O Homem II.
De fora aparecem, Elaine César com A Luta I e Erick Rocha, A Luta II. Para dar conta das ações múltiplas que ocorrem no palco, foram necessárias 11 (às vezes 13) câmeras, e para o DVD tudo é editado com calma .
"É tudo feito às cegas”, explica o diretor da gravação de A Terra e montador para a web de O Homem II, Tommy Pietra. “São 11 câmeras e é preciso pensar muito rápido para escolher. Há falhas.”
A mesma adrenalina ocorre com o som. Ele é captado por 56 microfones espalhados pelo teatro. Num ônibus do lado de fora, o engenheiro de som Fernando Ferrari fica como um “louco” para selecionar o microfone mais próximo da cena.
“Fico aqui girando botões para encontrar o som que ‘bata’ com a imagem transmitida na web. Às vezes a imagem fica sem som, mas é normal. É como ficar seis horas procurando agulhas num palheiro", explica.
Sobre o DVD o diretor José Celso Martinez Corrêa diz:”Queremos chegar próximo ao cinema”, planeja. “Mas não vai ser teatro ou cinema. É uma experimentação, uma mistura, um ‘teatro-cinema'.
É aguardar pra ver se essa "mistura" será uma revolução na forma de se fazer dramaturgia no Brasil.
Abaixo Trecho de "O Homem I"