Crítica: "I Love You Phillip Morris"


Comédia dramática com Jim Carrey, Ewan McGregor e Rodrigo Santoro poderia ser melhor explorada.
Foto: Divulgação.


Estreia nesta sexta-feira, 04, o novo filme de Jim Carrey "I Love You Phillip Morris", primeira incursão na direção dos roteiristas Glenn Ficarra e John Requa ("Papai Noel às Avessas"). A história do longa é baseada na vida de Steven Russell (Carrey, convincente, mais uma vez em papéis dramáticos), policial que vive o "sonho americano" ao lado da esposa (Leslie Mann) e da filha. O filme começa no leito de um hospital, onde Russel narra sua vida num flashback, contando 'causos' da sua infância, passando pela adolescência e culminando na "revelação" de que é gay.

Com sua vida dupla o consumindo, o personagem de Carrey sofre um acidente e decide contar a verdade a família. A partir daí, o agora ex-policial (a primeira coisa não explicada no filme) passa a namorar Jimmy (Rodrigo Santoro, muito bem) e para sustentar sua boa vida, começa dar pequenos golpes - um deles é falsificar cartões de crédito. Descoberto, o insano Russell vai para a cadeia e perde o amor do personagem de Santoro, mas logo se apaixona na cadeia por Phillip Morris (Ewan McGregor, sempre ótimo), preso por roubar uma empresa de locação de carros.

Dentro da instituição, Steven Russell usa toda sua influência (outra coisa não explicada) para conseguir, enfim, dormir na mesma cela de Morris. Após algum tempo, Russell é libertado e passa a ter um único objetivo: tirar seu amor da cadeia. Para isso, forja documentos e consegue livrar Morris se passando por seu advogado.

"I Love You Philip Morris" seria um típico filme de trapaceiro, mas tem uma diferença importante, pouco explorada: a homosexualidade. Afinal, o protagonista largou a família para finalmente revelar-se gay numa época em que a sociedade americana ainda era tida como conservadora (início da década de 1990). Tinham que explorar mais, pô!

"Prenda-me Se For Capaz" e o "O Desinformante" exploram muito bem a época em que se passam, coisa que não acontece nesse longa. Apesar de não ir a fundo nas questões como o preconceito, o filme (que aqui recebeu o nome imbecil de "O Golpista do Ano") diverte.

Nota do blog: 7