Crítica: "Woodstock: Peace, Love and Rage"

Documentário da HBO capta o momento efervescente do pop e o caos que o festival se tornou.  Foto: Divulgação.

Imagine um festival, com toda mística envolvida que o Woodstock original, realizado em 1969, tinha tudo para ter edições subsequentes memoráveis, não é mesmo?

Mas a real por trás desse "encantamento" com um dos festivais mais famosos de todos os tempos é desmistificada logo nos primeiros minutos de "Woodstock: Paz, amor e ódio", que chegou à HBO Max na semana passada.

Apesar de falar sobre a edição de 1999, o documentário de Garret Price fala da primeira edição e apresenta entrevistas com os organizadores Michael Lang e John Scher, que criaram o festival há mais de 50 anos atrás, e com jornalistas que acompanharam o evento, e lembram fatos digamos, não tão glamorosos da versão original.

Na segunda edição, bandas e artistas como Metallica, Limp Bizkit, Alanis Morissette, Jewel e DMX encontraram uma plateia bem menos amistosa do que prega o lema do festival (Paz, amor e música). Não tinha quase nada de paz e amor, exceção feita ao primeiro dia, que a água não tinha acabado e os banheiros não tinham virado piscinas a céu aberto.

Dando as versões dos organizadores e de quem frequentou os três dias do festival, além de relatos de músicos que tocaram (vejam, especialmente, o que Moby tem a dizer), "Woodstock" traz um belo retrato de como um evento - que tinha tudo para ser um sucesso - virou uma verdadeira catástrofe, com abusos sexuais aos montes e desrespeito com músicos e, principalmente, com o público presente - que diga-se de passagem, era bem arisco.

Confira o trailer abaixo.