Crítica: O Culpado

 
Novo filme da Netflix traz Jake Gyllenhaal em ótima atuação. Foto: Divulgação.

Ao final de O Culpado, novo filme da Netflix, vemos o letreiro com nomes de astros que nem sequer apareceram na tela durante o filme.

Isso porque o longa, dirigido pelo ganhador do Oscar Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) e com roteiro de Nic Pizzolatto (True Detective), se passa quase inteiro em uma sala de atendimento telefônico do serviço 911.


Jake Gyllenhaal interpreta o policial Joe Ballor, policial rebaixado para atender as chamadas de 
emergência enquanto precisa lidar com a recém separação e um julgamento de sua conduta.

Parecendo mais um dia entediante, tudo muda quando Ballor atende a ligação de uma mulher que teria sido sequestrada.

Dominado pela emoção e carregado de culpa, o policial começa a ajudar a moça, sem sequer levar em consideração, por exemplo, como um sequestrador deixa a vítima usar o telefone?

Baseado em um longa dinamarquês, O Culpado traz altas doses de suspense e drama, no melhor estilo de Fuqua, nos prendendo desde o primeiro minuto até o final.

O longa é preenchido por um enredo consistente e com dilemas como esgotamento físico e mental dos profissionais que precisam lidar com alta dose de estresse no dia a dia de combate ao crime.

O filme ainda traz as vozes de atores consagrados, como Ethan Hawke, Peter Sarsgaard e Paul Dano, conferindo alguns momentos (bem poucos) de amenidades. 

Se você curtiu a primeira e terceira temporadas de True Detective certamente vai gostar bastante do longa, que deve figurar na lista dos melhores do ano.

Nota: 10