Cinco clipes ruins dirigidos por cineastas famosos


Vídeos do Foo Fighters e Smashing Pumpkins - e outros artistas - que dão vergonha. Foto: Unsplash

A lista de diretores de cinema que dirigem clipes incríveis é enorme. Temos os belos trabalhos de Gus Van Sant em “Under the Bridge”, dos Red Hot Chilli Peppers, e Spike Jonze em vários vídeos dos Beastie Boys, mas, sobretudo, em “Sabotage”, só para citar dois exemplos. Mas aqui, trago os cinco piores videoclipes dirigidos por cineastas de peso.

“Everlong” – Foo Fighters (Michel Gondry, 1997)

O diretor francês Michel Gondry é conhecido por trabalhar com a realidade fantástica em muito dos seus filmes (como “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, por exemplo), mas essa já era a sua marca em muitos clipes dirigidos por ele, como  “Protection”, do Massive Attack.

Mas a mão dele dá uma bela escorregada em “Everlong”, uma das músicas mais chatas do Foo Fighters e que ganhou um clipe mais sem pé nem cabeça de todos os tempos. Dave Grohl mais canastrão do que nunca, vive, em um sonho, uma espécie de Sid Vicious e o bateirista Taylor Hawkins é sua esposa. 

Do outro lado, temos os dois outros integrantes (o baixista Nate Mandel e o guitarrista Pat Smear) como os vilões que tentam ficar com a mocinha. Nem as novelas mexicanas têm enredo pior que esse clipe – fora a estética, que é horrível.

 

“I’d Do Anything for Love (But i Won’t do That)” – Meat Loaf (Michael Bay, 1993)

Conhecido como um dos diretores mais odiado de todos os tempos, Michael Bay coleciona uma série de “pérolas” em formato de vídeo clipe. Desde o sexista “I Toutch Myself”, em que Bay filma, a todo momento, o decote da vocalista Christina Amphlett.

Mas o vídeo de “I’d Do Anything for Love (But i Won't do That)”, do Meat Loaf, se supera. Uma mistura de “A Bela e a Fera” com a saga “Crepúsculo”, ou seja, uma verdadeira bomba com inacreditáveis e desnecessários 7 minutos e 20 segundos. Uma tortura audiovisual.

“The Everlasting Gaze” – The Smashing Pumpkins (Jonas Åkerlund, 2000)

Outro diretor que já dirigiu clipes e filmes incríveis é o dinamarquês Jonas Åkerlund. Mas, de vez em

quando, o cara dá umas escorregadas como em “Pussy”, do Rammstein”. Mas em “The Everlasting Gaze”, do The Smashing Pumpkins, que passava por uma fase ruim no início dos anos 2000, o cara se supera. A música é bem ruim e temos o vocalista e guitarrista Billy Corgan mais vampiresco do que nunca, numa das dobradinhas artista/diretor mais pobres da história da música.

“Have You Ever Really Loved A Woman?” – Bryan Adams (Anton Corbjin, 1995)

O que é pior do que Johnny Depp interpretando um cara que se acha a reencarnação de Don Juan DeMarco, em um filme absolutamente dispensável? A resposta é Bryan Adams vestido de Zorro e cercado de “zorretes”, fingindo ser Don Juan em um clipe brega. 

Eu tenho quase certeza de que, Anton Corbjin, tinha outra ideia para o vídeo, não é possível! O cara, que era o diretor e fotógrafo preferido de bandas como Depeche Mode, U2, e Joy Division (anos mais tarde, ele dirigiria a cinebiografia de Ian Curtis), conseguiu reunir cenas torturantes, que mesclam trechos filme "Don Juan", estrelado por Deep, com a “intepretação” de Adams. Um horror.

“I Love You” - Vanilla Ice (Michael Bay, 1991)

Para fechar com chave de ouro, ele, o insubstituível Michael Bay, dirigindo aqui o clipe de Robert Matthew Van Winkle, o famoso Vanilla Ice, uma espécie de Eminem dos anos 1990. Talvez de olho no estrondoso sucesso de “Ice Ice Baby”, lançado um ano antes por Vanilla, Bay dirigiu essa pérola digna dos piores tempos das boy bands.

Cenas do céu em movimento, mulheres sensualizando, Vanilla “sussurrando” e um solo quase interminável de sax – que faria Kenny G ficar felizão-, além de um trecho em que o cantor “recita” versos para uma mulher na cabine telefônica, que o ignora completamente, marcam o vídeo. Ruim é apelido.