Home / Música / Discos Essenciais para Manu Saggioro

Discos Essenciais para Manu Saggioro

Cantora, compositora e instrumentista, que está lançando seu segundo disco, escolhe os álbuns que mais a inlfuenciaram. Foto: Divulgação.

Mais uma edição da Discos Essenciais, desta vez com a participação da cantora, compositora e instrumentista Manu Saggioro, que está lançando seu segundo álbum Ama.

Confira a listaça abaixo, seguida da playlist.

Quando soube que deveria apontar cinco discos importantes pra mim, comecei uma lista, e rapidamente cheguei a 34 álbuns, diversos. Com muita dificuldade, escolhi cinco que trazem um pequeno recorte das minhas influências em diferentes momentos de vida.

Janis Joplin – “Pearl”

Escutei muito dos 13 aos 19 anos de idade. Fui muito fã dela, conheço, de fato, tudo o que ela gravou. Tenho todos os álbuns e raridades. Foi uma obsessão adolescente sem dúvida, mas com um encantamento musical profundo.

Acho que “Pearl” trouxe toda a essência, a excelência e a maturidade musical de Janis. Foi lançado três meses após sua morte, é um álbum imenso.

Caetano Veloso – “Cinema Transcendental”

Escutei esse álbum exaustivamente, por tabela, na minha infância – minha tia escutava muito, minha mãe também. Mas foi aos 20 e poucos anos realmente, conscientemente, que me apaixonei por ele. Acho um disco que traz Caetano mais intimista com assuntos transcendentais. Um álbum de lindas canções e sofisticação musical. Amo.

Dércio Marques – “Segredos Vegetais”

Fiquei em dúvida se escolhia um disco de Levi Ramiro ou esse de Dércio… Foi em 2005 que escutei “Segredos Vegetais” pela primeira vez. Foi o presente de meu amigo, violeiro, compositor, Levi …. Foi muito importante como esse álbum, essa sonoridade e esses temas ressoaram instantaneamente em mim, como um reconhecimento mesmo.

O disco é cheio de encantos, mistérios, uma celebração da natureza e da cultura popular. Foi o início do meu aprofundamento na música folclórica latino-americana e regional brasileira.

Ceumar – “Dindinha”

Cito esse álbum porque, além de ser belíssimo e de escuta obrigatória para os amantes da música brasileira, a figura de Ceumar teve um impacto muito grande no meu fazer musical. Eu vinha assistindo a grandes shows, de álbuns super produzidos, com muito instrumentos… No mesmo ano em que vi Ceumar ao vivo pela primeira vez, eu havia assistido de perto Rolling Stones, Cássia Eller, Bob Dylan, Bjork, Rita Lee, BB King… e, de repente, fui parar num show de Ceumar, unplugged, voz e violão. Sem caixa amplificada, num teatro minúsculo. Aquilo me tocou tão imensamente.

O entendimento da canção num nível mais profundo, de uma relação menos desigual com o público, uma conexão mais horizontal que permite um acesso à essência da canção num outro nível, menos mascarado e violado pelo comercial do mainstream. Mudou minha relação com tudo. Não à toa (mas com muita sorte) hoje Ceumar é grande amiga e tive a hora de tê-la dirigindo meu primeiro álbum “Clarões”.

Marlui Miranda – “IHU todos os sons”

Foi em 2004 ou 2005 que Marlui veio ao Sesc Bauru fazer um show. À época, eu estava na faculdade de música e um professor de história da música falou um pouco sobre Marlui e sugeriu que fôssemos ao show. Me encantei imediatamente por ela, comprei o CD – que havia sido lançado 10 anos antes – e escutei demais. Desde muito cedo, eu me interessei pela cultura indígena e pelos povos indígenas, menina ainda. Então esse álbum de recriação, experimental, mas também essencialmente composto a partir do contato direto dela com aldeias e povos indígenas, fez muito sentido pra mim naquele momento.


Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *